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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Fernanda Young - Tudo Que Você Não Soube


A Editora Roccou republicou Tudo Que Você Não Soube de Fernanda Young que tem a seguinte sinopse;

Neste romance, Fernanda Young troca o humor ácido por um tom amargurado para contar, em primeira pessoa, a história de uma mulher sem nome que escreve ao pai moribundo, com quem não fala há anos. Tudo que você não soube traz o conteúdo dessa longa carta, na qual a personagem faz um resumo detalhado da sua vida, dividida entre o desejo de chamar a atenção do homem que a colocou no mundo e a vontade de chocá-lo com suas revelações.


Em uma narrativa sem ordem cronológica, a protagonista traça um parâmetro entre seus traumas de infância e a mulher que se tornou: sóbria, dissimulada e imersa em um poço de desamparo e solidão, embora as aparências mostrem alguém que leva uma vida normal. Na maior parte do tempo, ela tem uma rotina de luxo ao lado do marido e dos filhos, mas, durante as madrugadas, se dedica a examinar o passado e mexer em feridas ainda abertas.


Ao longo das páginas, descobrimos que o pai não é o único a desconhecer boa parte da história da filha. Entre outras coisas, ela esconde da atual família e dos amigos uma parte assustadora da sua trajetória: ter atacado a mãe a marteladas, em uma tentativa de assassinato que não deu certo e lhe rendeu uma temporada em um reformatório para menores delinquentes. Enquanto esteve presa, a personagem conheceu o medo, aprendeu a conviver com a adversidade e até encontrou o amor nos braços de outra detenta.


Conforme a carta vai chegando ao fim, a remetente confessa a vontade de consertar as próprias falhas e dedicar o tempo que lhe resta a reconstruir sua vida, nem que seja por meio da criação que dará à filha, assumindo que cuida da menina como se fosse ela, crescendo de novo. Ao mesmo tempo, diante dos problemas do passado e do presente, a narradora reconhece que não há chance de ser feliz, pois usa a agressividade como maneira de se proteger e foi tão ferida que será impossível curar as doenças da alma.


No fundo, a protagonista é carente como qualquer pessoa, sempre em busca da aprovação do outro. Ao exteriorizar sua raiva, ela mostra de que forma reagiu à dor e encontra uma maneira de não ceder à hipocrisia que a cerca. Embora cada frustração seja única e impossível de ser compartilhada, os leitores percebem que ninguém está sozinho na dor, mesmo que o sofrimento seja uma experiência individual.

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