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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tailor Diniz - Um Terrorista no Pampa


A Editora Leitura XXI (a capa é de outra edição), publicou o livro Um Terrorista no Pampa de Tailor Diniz que tem a seguinte sinopse:

Um Terrorista no Pampa, do escritor gaúcho Tailor Diniz, conta uma história permeada de mau-entendidos. Homero Mergé, morador de Passo da Barca, está cheio de dívidas. Para pagá-las, vai aos EUA tentar fechar um negócio com churrascarias de Nova York. Porém, o ingênuo passo barquense desanima diante de toda a burocracia que o impede de fornecer carne aos estabelecimentos. Desiludido, Homero vê em uma tragédia a chance de mudar sua vida.


Em pleno 11 de setembro de 2001, dois aviões atingem as torres do World Trade Center. Homero, que estava passando seu último dia na cidade, finge morrer no atentado, mantendo-se fora de contato com amigos e família no Brasil. Contudo, a curiosidade do gaúcho o leva a ligar para seu melhor amigo, e ao saber do que está acontecendo em Passo da Barca, resolve voltar. Disfarçado, seus conterrâneos pensam que ele é, na verdade, um terrorista, e seu retorno enfurece muitas pessoas da região. Sabendo do risco que corre, ele liga para Garibaldo Cervante, jornalista e professor da cidade, e é encontrado morto na porta do hotel onde estava logo depois da ligação.

Então Cervante decide investigar o caso particularmente, querendo desvendar o mistério do então tido morto que, finalmente, morrera. A narração da história é descompromissada. Começa jogando bem com o elemento curiosidade, que vai sendo constantemente saciada. Em alguns trechos, Tailor dá mais velocidade à narrativa, como se fosse um filme cujas cenas passamos para a frente. Em outros essa velocidade diminui, e os relatos são apresentados nos mínimos detalhes.

Por se tratar deuma história regional, é imprescindível a referência aos símbolos do Rio Grande do Sul. Ao contrário de alguns livros que li durante esse ano, também de histórias ligadas a cidades distintas, esses elementos foram inseridos naturalmente na trama de Tailor. Nada é jogado abruptamente dentro da narrativa, e há poucas pontas soltas. Gostei de como o autor passou o perfil das personagens. Poucas palavras do narrador onisciente e muita identificação durante os diálogos. É uma maneira de criar um laço com as personagens, reconhecê-las pela fala, fazendo parecer que temos contato real com as pessoas.

O final do livro deixa aquele gostinho de dúvida. Não que essa dúvida exista realmente, mas só uma citação direta sanaria as suspeitas do leitor. Quem morou em cidades pequenas com certeza vai sentir uma pontinha de saudade com esse relato cômico da pequena Passo da Barca. Não coloco na lista dos melhores livros do ano, mas sua leitura foi uma boa diversão.

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